à Família de Nazaré e à Casa de Maria
Encarregado por D. Geraldo do Espírito Santo Ávila de dar assistência espiritual a pessoas que tenham se unido para, com maior empenho, procurarem crescer na vida espiritual; e que se voltaram para a sagrada Família como modelo e estímulo para essa busca de intimidade com Deus, foi-me possível notar com clareza os meios com que queriam empregar com esse objetivo.
Esses meios se resumem em assumir a atitude de Maria, irmã de Marta, aproximadamente íntima de Deus para ouvir-lhe a voz sem perturbações, mesmo com coisas necessárias: “Marta, Marta, tu te inquieta e te agitas com muitas coisas; no entanto, pouca coisa é necessária, até mesmo uma só; Maria escolheu a melhor parte e essa não lhe será tirada”( LC.10,41-42). E Marta estava empenhada em servir á necessidades humanas do próprio Senhor.
Detalhando: distanciamento da agitação, solidão, silêncio, recolhimento e busca de união íntima com Deus na oração.
Mas tudo isso é gerado como ser gerado com Jesus no seio de Maria: é o mistério da encarnação que deve produzir a intimidade de Deus com a pessoa do verbo pela ação da Virgem Santíssima. Coerentemente há morte surja nova vida:”Se ressuscitasse com Cristo, procurai as coisas do alto onde Cristo está sentado á direita de seu Deus. Tende gosto nas coisas do alto não das coisas da terra, pois morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.”(Cl.3,1-3).
Para concretizar esses meios, trabalharam e, em região deserta, construíram um local que fosse apropriado e eficaz para pôr em prática tais meios. E lhe deram o nome de “Casa de Maria”.
Também dão acolhida a pessoas, grupos que estão em busca de solidão, silêncio, recolhimento para encontrar ou reencontrar Deus; portanto, para retiros em total silêncio e concentração em Deus. Não, porém, para outros tipos de encontros, mesmo que de caráter estritamente religioso.